Como ser mãe sem pirar na era da informação?
Maneiras de conciliar a super oferta de informação e canalizá-la para o bem sem perder a sanidade mental.
Maneiras de conciliar a super oferta de informação e canalizá-la para o bem sem perder a sanidade mental.
A vida é repleta de imprevistos. E quanto mais vidas estiverem sob o nosso cuidado, mais imprevisibilidade haverá. E mais exaustão. E mais necessidade de abrir mão de determinadas coisas por um certo tempo.
Nenhuma mãe deveria ser abandonada à própria sorte para criar seu filho. Mas já não vivemos em tribos e as estruturas familiares estão cada vez mais enxutas e fragilizadas.
Por mais bem informadas e embasadas que estejamos, por mais que nosso entorno nos proporcione um contexto de tribo e nos permita um aprendizado prévio por observação, por mais que não sejamos mães de primeira viagem. Ainda assim será impossível evitar todos os percalços, quedas, sustos, dores e derrotas do caminho.
Às vezes vale a pena parar para refletir sobre nossas próprias crenças e conceitos sobre o amor.
Os períodos de \”crise\”, tenham eles origem física ou emocional, podem gerar angústia e afetar, como dissemos, o padrão de sono e alimentação, conformidade com a rotina, sociabilidade com o entorno e o humor da criança. O desenvolvimento não ocorre de modo organizado e linear, como pensamos.
É impressionante como a nossa cultura insiste em colocar a felicidade materna e a demanda do bebê em lados opostos. E é lamentável que acreditemos neste discurso ao ponto de achar que jamais seremos felizes se tivermos que atender uma criança como ela precisa, respeitando e acolhendo as necessidades de cada fase.
Viver entre a falácia de ser a pior mãe do mundo e o delírio de querer ser a melhor para obter a aprovação dos demais, nos leva por caminhos perigosos e que podem nos afastar da essência do que a maternidade é. Ou pelo menos deveria ser.
Para saber o que é melhor para os nossos filhos, deveríamos perguntar-lhes em primeiro lugar.
O mundo seria um lugar diferente se as mães fossem livres para escolher e viver o melhor para elas e seus bebês.